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Vida(s) - parte 3


Aqui fica mais uma pequena parte da minha história :)
Se quiserem é só comentar no final! Se quiserem ler outras partes da história basta cliclar na TAG "vida(s)" que se encontra no lado esquerdo :)



Após algumas horas, Martim continua a desenhar fechado no seu quarto, quando alguém toca à campainha. Quando foi abrir a porta, nem queria acreditar no que estava a ver. Valentina, a filha dos vizinhos, tinha ido falar com Martim:

- Olá, sei que não é muito apropriado fazer estas visitas assim, ainda por cima quando não nos conhecemos de lado nenhum. Mas não podia deixar que a situação da manhã ficasse assim. Vim apresentar-me: Chamo-me Valentina e sou a filha dos novos vizinhos aqui do bairro.

Martim, ainda surpreso com a visita, escreveu um bilhete a indicar o seu nome, e entregou-lho.

Andreia começa a rir-se daquela situação, a pensar que Martim estivesse a gozar com ela. Foi então que ela respondeu:

- Ok Martim. Pensei que a brincadeira dos papelinhos tivesse ficado na escola primária! Mas até foi engraçado.

Martim, magoado com aquilo que a nova vizinha lhe dissera, fechou-lhe a porta mesmo na sua cara e foi para a cozinha.

“Já sabia que esta era igual aos outros todos. Nunca conseguirei ter amigos.”

Desolado, senta-se na mesa da cozinha, onde se encontrava um papel a dizer:

O ALMOÇO ESTÁ NO MICRO-ONDAS. 
É SÓ AQUECERES. 
VOLTAMOS ÀS 18H. 
BEIJOS, PAI E MÃE.

Quando olha para o relógio, ficou boquiaberto com a rapidez com que as horas passaram, é que já eram 17h e ele nem sequer tinha almoçado:

“Estava tão entretido a desenhar que nem dei pelo tempo passar. Bem, agora já nem são horas de almoçar. Vou mas é lanchar”.


Nisto, chegam os pais a casa mais cedo e deparam-se com o seu filho a preparar o lanche:


- Então Martim, tudo bem? Como correu a tarde?

Surpreso por vê-los ali antes da hora prevista, Martim apressa-se a escrever um bilhete a perguntar o que se passava.

- Oh, nada de especial, despachámo-nos mais cedo do tribunal e decidimos vir logo para casa, para descansarmos mais um pouco. – Disse o pai. – E tu? Que andaste a fazer durante a tarde? Tiveste mais alguma indisposição?

NÃO PAI, ESTIVE APENAS A DESENHAR UM POUCO. AGORA VOU PARA O QUARTO, QUANDO FOR HORA DE JANTAR AVISEM!

- Está bem, vai descansado.


Já no quarto, Martim começa a olhar para o desenho que fez durante a tarde, e repara que é igualzinho à sua nova vizinha. Apesar do que a nova vizinha lhe disse, mas como o desenho estava tão bem desenhado, Martim decidiu afixar aquele desenho no seu quadro dos desenhos, que tinha pendurado numa parede encostado à janela com vista para a casa dos novos vizinhos.

Algum tempo depois, o pai de Martim foi até ao seu quarto para poder ter uma conversa com ele:

- Estás muito ocupado? É que precisava de ter uma conversa contigo.

Martim acenou-lhe, dando indicação de que podia entrar.

QUE QUERES FALAR COMIGO? PASSA-SE ALGUMA COISA? – Escreveu Martim.

- Não filho, quer dizer, não sei. Diz-me tu.



----
(continua...)

Comentários

  1. Olá.
    A tua história está engraçada, e ainda está um pouco secante, mas tem tudo para ser uma boa história! Boa sorte com a continuação! Espero os próximos capítulos :)

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