Deitado.
Na escuridão.
A pensar na vida e na solidão.
Solidão deste mundo sombrio, ingénuo.
Incapaz de elevar uma alma até à mais pura decência, fazendo com que assim então essa alma seja renovada e assim ajudada.
Quando escrevemos sobre nós, sobre algo, sobre alguém, e depois dizemos que não é nada de especial.
Isso é mentira.
Seja ou não verdade, escrever sobre nós é sempre especial e surpreso, pois nunca sabemos o quão profundo é esse simples conto ao qual chamamos de vida.
Vida feliz ou não, depende o que sente o teu coração!
Eu? Poético? Não. Apenas sou inspirado pelas palavras.
Palavras doces ou amargas que me vão devorando por dentro, pouco a pouco, até não restar mais do que senão a minha alma.
Alma essa que, com o tempo, ficará para sempre na memória de todos aqueles que não se esquecem de mim.
Aplicar o meu dom para quê?
Para com o passar do tempo ser tudo muito bonito e depois ser esquecido na solidão?
Solidão essa que se tornará cada vez mais forte e poderosa deixando o ser sem mais forças para lutar, o longo caminho que é a vida, e assim poder terminar o seu ciclo e deixar este mundo para o qual não existe remédio que cure.
Não vale a pena dizer nada.
Simplesmente basta contemplar o quão fresca é a tua beleza e ter forças para navegar neste mundo dos impossíveis e imaginários, e tentar encontrar mais formas e feitios de dizer o quanto és importante para mim, para o meu ser, para o meu existir.
Texto original escrito em 2008, adaptado em 2021.
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