Escrevo, apago, volto a escrever, e volto a apagar.
Os pensamentos invadem a memória, a memória atraiçoa e faz com que as palavras não saiam, seja pela boca, ou pela escrita. Existe tanto que eu te quero dizer, mas ao mesmo tempo tanto quero guardar para mim. Não porque não deva dizer, mas porque é a forma mais fácil de fugir ao sofrimento.
Fraco? Talvez.
Mas prefiro ser fraco, do que olhar nos teus olhos, e possivelmente magoar-te com a dor das minhas palavras. A verdade dói, mas nem sempre justifica os atos, principalmente quando sabes que tudo isto foi gerado por ti. Por isso mesmo, e apesar de tudo, não vale a pena.
Fraco por me ter deixado levar? Sim.
Mas a vida também é feita de momentos, e disso não me arrependo. Apenas me arrependo, e assim errei, ao acreditar que tudo podia ser diferente, uma vez mais. Errei ao não ser forte o suficiente para te conseguir dizer não, e assim seguir com a minha vida, tal como seguia antes de te conhecer.
Só sei que aquilo que escrevo, que apago, e que volto volto a escrever, podia fazer a diferença. Mas não vale a pena, pois agora é tarde. E por isso volto a apagar, na esperança de que tudo passe com o tempo, que a dor vá diminuindo, e que assim tudo isto não seja mais do que uma infeliz memória, que ficará a perdoar dentro do meu ser até ao fim da minha vida.
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