Acordei. Olho para o telemóvel e vejo uma sms tua. Mais uma após tantas outras que já enviaste e continuei sem responder. Porquê? Não sei.
Se calhar por causa de mim, de ti, de tudo o que nos rodeia. Não, a culpa não é tua. Antes pelo contrário.
A culpa é minha por não saber controlar este sentimento de revolta que está dentro de mim. Deste tudo por mim, por nós, e eu não soube aproveitar. Estiveste sempre lá quando precisei, não deixaste que nada falhasse e sempre conseguiste manter o equilibrio quando tudo parecia desmoronar numa questão de segundos. Foste o meu porto de abrigo, o meu norte quando perdi o rumo, e penso que foi isso mesmo que me fez desacreditar no nosso amor, no nosso destino.
A tua proteção em demasia mas sempre precisa fizeram-me sentir ainda mais frágil, tendo assim medo de poder falhar novamente, medo de não corresponder ao verdadeiro amor que tu mereces e assim deitar tudo a perder.
Não quero que a minha dor se torne a tua dor. Não quero que este dissabor seja o teu dissabor. Porque tu não mereces isso. Não te posso pedir isso. É demais. Mereces sim alguém que te deixe ser livre, e não alguém que te vai roubar todo o precioso tempo que tens para tomar conta de alguém que já sabe definitivamente o seu destino dentro de poucos meses.
Peço-te que sejas livre, sem pena, e que vivas a vida tal como deve ser vivida. Eu sei que mesmo depois do fatídico dia continuarei sempre no teu coração e no teu pensamento. Mas acredita que chegou a hora de deixares esse coração pertencer a outra pessoa que não eu. Porque a tua felicidade é o mais importante para mim e sei que agora não és feliz. E peço desculpa por isso.
É por isso que já sei porque não respondo às tuas sms. Porque decidi trilhar a partir de agora este difícil caminho sozinho, sendo cada dia que passa um dia uma batalha ganha acima de tudo, mesmo que no final já se saiba quem vai ganhar a guerra.
Sê feliz. Por ti. Por mim. Pelos dois.
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