Em tanta coisa que acontece no decorrer do dia-a-dia, há pequenos sinais que nos fazem viajar no passado, e reavivar memórias que pensávamos que nunca mais iríamos reavivar. Seja por ouvir aquela música, ler aquela notícia, ou até mesmo ver aquela fotografia que aparece inesperada e que nunca imaginávamos que ainda estivesse guardada no telemóvel. Sim hoje foi um desses dias.
Como se isso não bastasse, navego pelas redes sociais e a primeira coisa que encontro é o teu perfil. No meio de tantos perfis e coisas sem importância espalhadas pela internet dou de cara com uma página que preferia não ter encontrado. E foi o suficiente para a nostalgia tomar conta de mim.
Sei que nada acontece por acaso, e a prova disso é que olhei para o relógio, e tirei todas as dúvidas.
Faz hoje precisamente quatro meses.
Quatro meses desde que te vi pela última vez.
Quatro meses desde que vi pela última vez a tua alegria, o teu sorriso, a tua beleza.
Quatro meses desde que ouvi as tuas últimas palavras.
Quatro meses sem saber nada de ti.
Quatro meses sem dizeres uma única palavra.
Quatro meses de completas incertezas sobre o que aconteceu contigo, connosco, com o mundo à nossa volta.
Depois de mais de dois anos a confidenciar-te a minha vida, de partilharmos os momentos bons e menos bons, simplesmente decidiste desaparecer, sem que uma única explicação me pudesse reconfortar. Fiquei nas incertezas mergulhado na mais profunda mágoa sem saber o que fazer ou o que pensar....
Mas a verdade é que quatro meses passaram! E a muito custo a vida continuou, e sem saber ainda nada de ti.
Recuperei a felicidade, é verdade! E é verdade que em quatro meses a minha vida deu uma volta de 180º, em todos os aspectos.
Mas essa felicidade não foi o suficiente ainda para tapar toda a mágoa que se apoderou dentro de mim e que assim desaparecesse.
E só espero que um dia as coisas possam voltar a ser como antes. Ou pelo menos que me possas algum dia contar o porquê de tudo isto.
Porque sei que há coisas que não acontecem por acaso, e um dia tudo será explicado. Eu acredito!
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